sábado, 28 de maio de 2011

Obrigado

Podemos não nos suportar agora, nem nos olhar mais, mais você foi importante pra mim, por isso, obrigado.
Obrigado pro me mostrar que eu sou mais forte que eu mesmo, e quando acho que não sou capaz, me supero.
Obrigado por me mostrar que a família é tudo, que é quando estamos nas correntezas tempestivas é que aparece esse porto seguro para te resgatar.
Obrigado por me mostrar que eu devo me valorizar antes de valorizar alguem.
Obrigado por me mostrar a submissão, pois foi sendo inferior e fraco é que pude trabalhar minhas fraquezas, vencer meus medos mais entrevados e mesmo assim levantar a poeira e continuar andando.
Obrigado por cada segundo que passei pensando em você antes de dormir, pois isso me fez valorizar as olheiras e cabelos brancos que me apareceram na tenra idade.
Obrigado por me subestimar, pois me fez não permitir que ninguem mais faça isso, me fez mais destemido.
Obrigado por me colocar contra a parede dos sentimentos, pois me fez uma pessoa capaz de sustentar a mesma opinião com diferentes pessoas, usando da razão para defende-las, e me dando a minha própria opinião.
Obrigado por me fazer crescer muito em pouco tempo, por me fazer cair e levantar, me fazer descer e subir, chorar e sorrir.

Enfim, Obrigado pela contribuição que destes a minha própria personalidade.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ler o Mundo

Tudo é leitura. Tudo é decifração. Ou não.
Ou não, porque nem sempre deciframos os sinais à nossa frente. Ainda agora os jornais estão repetindo, a propósito das recentes eleições, “que é preciso entender o recado das urnas”. Ou seja: as urnas falam, emitem mensagens. Cartola - o sambista- dizia “as rosas não falam, as rosas apenas exalam o perfume que roubam de ti”. Perfumes falam. E as urnas exalaram um cheiro estranho. O presidente diz que seu partido precisa tomar banho de “cheiro de povo”. E enquanto repousava nesses feriados e tomava banho em nossas águas, ele tirou várias fotos com cheiro de povo.

Paixão de ler. Ler a paixão.
Como ler a paixão se a paixão é quem nos lê? Sim, a paixão é quando nossos inconscientes pergaminhos sofrem um desletrado terremoto. Na paixão somos lidos à nossa revelia .
O corpo é um texto. Há que saber interpretá-lo. Alguns corpos, no entanto, vêm em forma de hieroglifo, dificílimos. Ou, a incompetência é nossa, iletrados diante deles?

Quantas são as letras do alfabeto do corpo amado? Como soletrá-lo? Como sabê-lo na ponta da língua? Tem 24 letras? Quantas letras estranhas, estrangeiras nesse corpo? Como achar o ponto G na cartilha de um corpo? Quantas novas letras podem ser incorporadas nesta interminável e amorosa alfabetização? Movido pelo amor, pela paixão pode o corpo falar idiomas que antes desconhecia.

O médico até que se parece com o amante. Ele também lê o corpo. Vem daí a semiologia. Ciência da leitura dos sinais. Dos sintomas. Daí partiu Freud, para ler o interior, o invisível texto estampado no inconsciente. Então, os lacanianos todos se deliciaram jogando com as letras - a letra do corpo, o corpo da letra.

Diz-se que Marx pretendeu ler o inconsciente da história e descobrir os mecanismos que nela estavam escritos/inscritos. Portanto, um economista também lê a sociedade. Os empresários e executivos, por sua vez, se acostumaram a falar de "qualidade total". Mas seria mais apropriado falar de "leitura total". Só uma leitura não parcial, não esquizofrênica do real pode nos ajudar na produtividade dos significados. Por isto, é legítimo e instigante falar não apenas de uma "leitura da economia", mas de algo novo e provocador: a "economia da leitura".

Não é só quem lê um livro, que lê.
Um paisagista lê a vida de maneira florida e sombreada. Fazer um jardim é reler o mundo, reordenar o texto natural. A paisagem, digamos, pode ter "sotaque", assim como tem sabor e cheiro. Por isto se fala de um jardim italiano, de um jardim francês, de um jardim inglês. E quando os jardineiros barrocos instalavam assombrosas grutas e jorros d’água entre seus canteiros estavam saudando as elipses do mistério nos extremos que são a pedra e a água, o movimento e a eternidade.

O urbanista e o arquiteto igualmente escrevem, melhor dito, inscrevem, um texto na prancheta da realidade. Traçados de avenidas podem ser absolutistas, militaristas, e o risco das ruas pode ser democrático dando expressividade às comunidades.
Tudo é texto. Tudo é narração.

O astrônomo lê o céu, lê a epopeia das estrelas. Ora, direis, ouvir & ler estrelas. Que estórias sublimes, suculentas, na Via Láctea. O físico lê o caos. Que epopéias o geógrafo lê nas camadas acumuladas num simples terreno. Um desfile de carnaval, por exemplo, é um texto. Por isto se fala de “samba enredo”. Enredo além da história pátria referida. A disposição das alas, as fantasias, a bateria, a comissão de frente são formas narrativas.

Uma partida de futebol é uma forma narrativa. Saber ler uma partida - este o mérito do locutor esportivo, na verdade, um leitor esportivo. Ele, como o técnico, vê coisas no texto em jogo, que só depois de lidas por ele, por nós são percebidas. Ler, então, é um jogo. Uma disputa, uma conquista de significados entre o texto e o leitor.

Paulinho da Viola dizia: "As coisas estão no mundo eu é que preciso aprender”. Um arqueólogo lê nas ruínas a história antiga.
Não é só Scheherazade que conta estórias. Um espetáculo de dança é narração. Uma exposição de artes plásticas é narração. Tudo é narração. Até o quadro “Branco sobre o branco” de Malevich conta uma estória.

Aparentemente ler jornal é coisa simples. Não é. A forma como o jornal é feita, a diagramação, a escolha dos títulos, das fotos e ilustrações são já um discurso. E sobre isto se poderia aplicar o que Umberto Eco disse sobre o “Finnegans Wake” de James Joyce: “o primeiro discurso que uma obra faz o faz através da forma como é feita”.

Estamos com vários problemas de leitura hoje. Construimos sofisticadíssimos aparelhos que sabem ler. Eles nos lêem. Nos lêem, às vezes, melhor que nós mesmos. E mais: nós é que não os sabemos ler. Isto se dá não apenas com os objetos eletrônicos em casa ou com os aparelhos capazes de dizer há quantos milhões de anos viveu certa bactéria. Situação paradoxal: não sabemos ler os aparelhos que nos lêem. Analfabetismo tecnológico.

A gente vive falando mal do analfabeto. Mas o analfabeto também lê o mundo. Às vezes, sabiamente. Em nossa arrogância o desclassificamos . Mas Levi-Strauss ousou dizer que algumas sociedades iletradas eram ética e esteticamente muito sofisticadas. E penso que analfabeto é também aquele que a sociedade letrada refugou. De resto, hoje na sociedade eletrônica, quem não é de algum modo analfabeto?

Vi na fazenda de um amigo aparelhos eletrônicos, que ao tirarem leite da vaca, são capazes de ler tudo sobre a qualidade do leite, da vaca , e até (imagino) lerem o pensamento de quem está assistindo à cena. Aparelhos sofisticadíssimos lêem o mundo e nos dão recados. A camada de ozônio está berrando um S.O.S., mas os chefes de governo, acovardados, tapam (economicamente) o ouvido. A natureza está dizendo que a água, além de infecta, está acabando. Lemos a notícia e postergamos a tragédia para nossos netos.

É preciso ler, interpretar e fazer alguma coisa com a interpretação. Feiticeiros e profetas liam mensagens nas vísceras dos animais sacrificados e paredes dos palácios. Cartomantes lêem no baralho, copo d’água, búzios.Tudo é leitura. Tudo é decifração.
Ler é uma forma de escrever com mão alheia.

Minha vida daria um romance? Daria, se bem contado. Bem escrevê-lo são artes da narração. Mas só escreve bem, quem ao escrever sobre si mesmo, lê o mundo também.

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Leitura do Crime: Disse do general Cardoso:”o crime está mais organizado que nós”. A frase é verdadeira, mais o enfoque é invertido. A desorganização social e econômica é que organiza o crime

Esta Crônica é de autoria de Affonso Romano de Sant’anna, poeta, cronista e crítico literário.

domingo, 22 de maio de 2011

Decreto Real nº 127

  Por decreto-real do Imperador disso tudo,

esrá suapenso de suas funções, até segunda ordem, o governador das ilhas de Coração, o Duque Amor I.

Em seu Lugar entrará o precavido Duque de Razão.

Os motivos da sua expulsão desse cargo hereditário deve-se ao abuso de poder, abuso de autoridade, abuso para fins comerciais e atividades escravagistas.

 

O Duque de Razão governará com fim de restaurar a ordem e apagar os traços desse Amor I.  O Duque, a partir desse decreto, terá tambem custódia legal de Amor II, para que o crie sob influência benéfica, affim de que nada do supracitado ocorra novamente.

 

O Exelen. Amor I, tem 5 segundos, desde já, para libertar esse escravo, e desocupar My Heart Hall em  prol do Duque de Razão.

 

 

Por ordem de Vossa Majestade Real, Eu.

domingo, 15 de maio de 2011

Frases para Pensar

Sorry, não sou exato, esse é meu charme cherye, se fosse pra ser exato, poderia ser um teorema de pitágoras, muito usado, pouco interessante, sem futuro !

 

Gian Gabriel Guglielmelli

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Frases para Pensar

“ Ninguém pode fazer com que você se sinta inferior sem o seu consentimento”. – Eleanor Roosevelt

Na vida, fazemos escolhas. Tudo, depende de escolhas. Independente de suas escolhas, seja feliz, e cuide desse seu “caminho”, pois quem está passando não sabe os motivos que o levaram a fazer essa escolha, sendo porem de sua e unicamente sua a responsabilidade de tudo. é inpressindivel, principalmente quando nada da certo, a felicidade, e a capacidade de lidar com os momentos, e vida é composta de momentos bons e ruins. Tenha a certeza que a Providência olha por ti, sabe o que é melhor para você, você só precisa seguir sua jornada. Lutando sempre pelo que você quer e acredita. Se quem tem boca vai a roma, quem luta, alcança, pois muitas vezes, por pura omição, perdemos algo importante, e ficamos nos perguntando, teria dado certo? Não fique esperando ser o próximo Se eu fosse você  para que um raio caia duas vezes no mesmo lugar, arrisque. arrisque. Se há o direito ao grito, grite.

“Quem não arrisca, não petisca.” – Sabedoria Popular

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Frases para Pensar

Quando não tiver amor, tenha felicidade, pois sem isso, ninguem te amará. Me lembrei de uma frase de Mário Quintana, que diz que “O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.” Cuide de você. Seja feliz. Felicidade atrai Felicidade. Tristeza atrai Tristeza.Brutalidade atrai Brutalidade. Lei de Sintonia. Tenha confiança na Providência, que tudo dará certo, e que seja feita a vontade D’Ele, e não a nossa, pois ele sabe as nossas necessidades.

“Quem espera sempre cansa.”

“ Aquele que tiver Paciência terá o que deseja” - Benjamim Franklin

 

sábado, 7 de maio de 2011

Guerra

Nunca entre numa para perder.

Lute pelo que você ama. Um soldado que não acredita nos ideais defendidos é soldado morto. A guerra não vai ser vencida apenas pelos seus poderios ou posses, nessa hora, o coração e a manipulação contam como ponto de desequilíbrio. Nos Momentos mais difíceis, onde você se acha derrotado, impotente, é que surgem os heróis, é quando você volta mais forte do que nunca, disposto a tudo, e a não perder, nem dar o braço a torcer. Na guerra do amor, não espere que banquem o bonzinho com você, não irão. Nessa guerra, então, não se pode ser cauteloso, pode-se ser sucinto, mais não cauteloso, a falta de agressividade vai te fazer perder. Seja agressivo, mais acima de tudo estrategista, saiba utilizar suas informações e seus aliados, seus amigos e “ informações confidenciais”. Use suas armas, a sedução é a principal, o charme e o humor são seus componentes, ser arriscado é charme, a inteligência também. O humor vai desconsertar os seus adversários, a malícia, as informações e a lábia também. Manipule seu adversário para que ele pense que está por cima, e finalmente, de seu golpe, e o arremesse rio abaixo, mais esteja sempre ciente dos seus limites pessoais e humanitários.

Por fim, lembre-se, não ultrapasse os limites no óbvio, mais ultrapasse seus limites de inteligência, e vença !

Gian Gabriel Guglielmelli

“ Vale tudo na Guerra e no amor”. – Sabedoria Popular

“Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.” – Friedrich Nietzsche